Crenças ou Santíssima Fé?
Jd 1:20: “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,”
A fé, não é o meio pelo qual eu posso ter aquilo que não tenho, isso é crença. A fé, é o que me dá consciência do que tenho e do que sou a partir da revelação dele.
Muitas vezes, desenvolvemos ritos de crenças pessoais, achando que, por meio do rito da crença podemos alcançar tudo o que não temos ainda, e confundimos essa crença com fé.
Quando a Bíblia diz “o justo viverá da fé”, esse viver do texto, não é o que eu vi que outros tem e que eu também posso ter, isso é cobiça. O justo que vive da fé, é o viver a partir da consciência que me foi dada na revelação do evangelho, de quem sou e do que já tenho nele. O justo recebeu fé, para continuar vivendo nessa justiça que em Cristo lhe foi dada.
A fé nos mantém crendo naquilo que já foi dado e na realidade do que somos em Deus. Fé não é acreditar, acreditar é dar crédito a algo ou alguém, e Deus não precisa de nosso crédito, Deus quer nossa convicção de que vivemos e esperamos nele e não nas coisas que nossa crença pode dar.
Para ter coisas desta vida, não precisamos de fé, Elon Musk não é um homem de fé, não vai nos cultos aos domingos, mas é um dos bilionários do mundo. Ele acredita em seus ideias, acredita que pode fazer.
A fé dos santos é diferente, não é para fazer e sim ser.
Por exemplo, alguém tem fé, mas está doente fisicamente, então, a fé é para que se mantenha fiel a natureza que lhe foi revelada mesmo estando com dor ou em sofrimento.
Os irmãos que foram perseguidos ao longo da história, os que foram devorados por leões no Coliseu ou queimados vivos por Nero nas ruas, não viviam a partir de uma crença natural de que podiam melhorar de vida, mas de uma fé inabalável de que eram membros da família celestial e não eram deste mundo, a fé, manteve eles fiéis a consciência que lhes foi dada pela revelação do evangelho de Cristo.
A santíssima fé, nos foi dada, e por meio dela, somos edificados constantemente, não em crenças de suprir carências do que ainda não temos, mas edificados na consciência existencial do que já somos e temos, que somos filhos amados de Deus, e que temos toda sorte de bênçãos sobre nós, que vão sendo manifestadas na medida que vamos sendo edificados na verdade.
Ap. Claudio Roldos